terça-feira, 18 de março de 2014

Revelado destino do corpo de Rubens Paiva: jogado ao mar

Revelado o último ponto que faltava sobre o destino do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura nos porões do DOI-CODI-Rio em 1971: seu corpo, depois de dois anos sepultado nas areias da praia do Recreio dos Bandeirantes, foi desenterrado e jogado em alto mar. O coronel reformado do Exército (hoje com 76 anos) que comandou a operação de lançamento dos restos mortais ao mar fornece em “off” – entrevista concedida sob a condição de seu nome não ser publicado – os detalhes da operação ao O Globo em reportagem publicada ontem.

Há uma semana o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, ex-deputado Pedro Dallari, anunciou que o destino dado ao corpo era o último ponto que faltava descobrir no desaparecimento de Paiva, o que a Comissão pretendia esclarecer até o final deste ano. Neste domingo O Globo publicou o depoimento do coronel contando que pessoalmente chefiou a operação que jogou o corpo do ex-deputado em alto mar.

Detalha que o deputado, assassinado entre 20 e 22 de janeiro de 1971, foi sepultado inicialmente nas areias da praia do Recreio dos Bandeirantes, mas dois anos depois, em 1973, ele recebeu ordens emanadas do “gabinete do ministro” , de dar um fim definitivo ao corpo. O ministro do Exército do então governo Médici era o general Orlando Geisel, irmão do presidente da República seguinte, general Ernesto Geisel. (Blog do Zé Dirceu)

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