sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Marina e Campos falharam como “terceira via”. E torcem por protestos nas ruas

A mídia noticia que crescem as pressões da ex-senadora Marina Silva e que ela não vai desistir das investidas, agora sobre a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), para que esta saia candidata a governadora este ano pelo PSB. Antes o deputado Walter Feldman, tucano que deixou o PSDB, aliando-se à Marina e à sua Rede, queria ser o candidato socialista a governador. Agora Marina aposta suas fichas em Erundina.

Pressões e investidas da ex-senadora são parte – registra o Painel político da Folha – da movimentação política dela e de seu partido, a Rede (ela está filiada ao PSB) para conseguir o afastamento da sigla de uma aliança com o governador tucano Geraldo Alckmin para ajudá-lo na reeleição. Esta coligação PSB-PSDB em São Paulo é capitaneada pelo deputado Márcio França (PSB-SP), que batalha para ser o candidato a vice-governador na chapa de Alckmin.

Nos debates internos com a cúpula parceira do PSB, Marina argumenta que o apoio a Alckmin é inadmissível porque o governo tucano tem desempenho ruim na educação e porque a mensagem de renovação política da Rede e de sua aliança com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é incompatível com o PSDB paulista que governa o Estado há 20 anos.

É Marina enredada em seu labirinto. Ela fundou a Rede e filiou-se ao PSB para ser oposição, esquecendo-se que o partido tem história e vocação governista em todo o país, sempre aliado a governos estaduais, principalmente aos do PSDB – em São Paulo, Minas, Paraná…Pior para Marina é que o governador Eduardo Campos, também presidente nacional do PSB, já avisou que não tem poder nem vontade de intervir e levar ao rompimento dessas alianças nos Estados.

Rogério Gentile, articulista, registra hoje na Folha de S.Paulo: Eduardo Campos e Marina Silva torcem por mais manifestações de rua e protestos em 2014, principalmente na época da Copa do Mundo. Marina, explicitamente, conforme escreveu em seu artigo publicado 6ª pp. no Folhão, sua mensagem de final de ano: “Desejo (a essa multidão que foi às ruas) mais força e criatividade para renovar a democracia no Brasil em 2014″.

Ela e Eduardo Campos esperam beneficiar-se eleitoralmente. O que escreve Marina e seu parceiro político Eduardo Campos aguardam uma 2ª onda de indignação porque “não conseguiram avançar no discurso da nova política”, da “terceira via”, lançado por ocasião da aliança feita em outubro”. Diz, também, que os dois embaralham-se “com o oposicionismo puro e amarelado do PSDB. E pergunta: “Qual é a diferença entre o governador pernambucano e o senador mineiro? (presidenciável tucano Aécio Neves)”.

Na conclusão de seu artigo, Gentile afirma: “A repetição dos protestos de junho de 2013 é uma possibilidade. (…). Mas é necessário lembrar que os atos de 2013 só ganharam dimensão, levando multidões às ruas, quando a polícia de Alckmin usou de violência irracional contra manifestantes e jornalistas, indignando o país. Até então o aumento da tarifa mobilizara uma meia dúzia. (…). Apostar agora (em novos protestos), como fazem Marina e Campos, submetendo-se a essa expectativa, é mais arriscado do que tentar adivinhar o vencedor da Copa. (Blog do Zé Dirceu)

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