Levada para a enfermaria do Batalhão da Polícia do Exército, após mais uma sessão de torturas no prédio anexo, ocupado pelo Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna, a cineasta Lúcia Murat passaria as horas seguintes ao lado de um enfermeiro soldado, que varou a noite aplicando compressas em seus ferimentos.
Este soldado e um outro recruta, que se prontificou a levar uma mensagem para os pais da presa, correndo ricos, representaram para Lúcia o único momento de humanidade na mais terrível experiência de vida da cineasta, iniciada quando ela foi presa em março de 1971, no Jacarezinho, por agentes da repressão. O depoimento de Lúcia, nesta terça-feira, emocionou o plenário lotado da Assembleia Legislativa do Rio, quando descreveu os suplícios sofridos, teve espaço para a homenagem aos dois soldados desconhecidos. (Fonte: O Globo)
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