O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que a ocupação, por lideranças indígenas, de um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, é uma das maiores preocupações do governo. O ministro disse esperar que, ao longo do dia, os índios mundurukus respeitem o prazo de 24 horas estipulado ontem (28) pela Justiça Federal para que deixem o local, e aceitem o convite, enviado esta manhã, para virem a Brasília para dialogar. Para Carvalho, a ocupação tem causado prejuízos ao país.
“Esperamos que eles entendam essa forma de diálogo e desocupem o canteiro. Passadas as 24 horas, nós vamos ter que voltar ao juiz para ver como é que nós vamos fazer. Esperamos sinceramente não precisar fazer uso da força. Não é adequado. Agora, chega um momento em que a lei tem que prevalecer. Os índios são cidadãos e eles, como nós, precisam cumprir também a lei e aí vamos ter que fazer prevalecer a lei”, disse Carvalho, durante lançamento da 5ª Edição do Prêmio Objetivos do Milênio (ODM) Brasil, no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal.
Segundo o ministro, o governo está disposto a trazer as lideranças em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para uma conversa, o que considera um direito dos povos indígenas. “Agora, o que não pode é interceptar, impedir o trabalho de uma obra, porque é um prejuízo ao país, é um prejuízo para todos os contribuintes e é um prejuízo para a nossa infraestrutura hidrelétrica, que é fundamental para a manutenção do progresso e do avanço do país”.
Carvalho disse que os índios andaram 800 quilômetros para fazerem a ocupação. Na ocupação anterior, segundo ele, foi também enviada uma carta chamando para o diálogo, mas não houve resposta. Ele disse que a aposta do governo é encontrar uma solução pelo diálogo. (Fonte: Portal ORM)
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