terça-feira, 12 de junho de 2012

UNE responde a acusações dos jornalões

Dois jornalões resolveram pegar no pé da UNE. O dos Marinhos deu à matéria sobre os gastos da UNE enorme destaque, na sexta (8/6). No sábado voltou à carga, dessa vez tratando a construção do prédio da nova sede da entidade. Afirmam que ela recebeu R$ 30 milhões para reconstruir o prédio e ainda não iniciou a obra. O presidente da UNE, Daniel Iliescu respondeu que o início da construção deverá se dar até 11 de agosto deste ano, quando a UNE comemora seus 75 anos de existência.

Já o Estadão de domingo traz editorial pesadíssimo contra UNE e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), de São Paulo. A origem das matérias é uma representação do procurador Marinus Marsico do Ministério Público Federal (MPF) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). O procurador questiona as prestações de contas ou a ausência delas em 11 projetos das duas entidades, a maioria da UNE. 

No fim de maio, o procurador formalizou representação ao TCU para que se investigue o uso dos recursos federais repassados à UNE e à UMES, entre 2006 e 2010. O valor total dos convênios é de R$ 8 milhões, destinados a projetos que vão da capacitação de estudantes de ensino médio à realização de duas edições da Bienal de Artes, Ciência e Cultura da UNE. Os convênios foram firmados com os Ministérios da Educação, Saúde, Cultura, Turismo e Esporte. 

Nota da UNE

Em nota oficial a UNE afirma ser alvo “porque participa da luta democrática para romper o monopólio que meia dúzia de famílias exerce sobre a comunicação no Brasil. A UNE está na mira porque demonstra a necessidade de imediata regulação das responsabilidades dos meios de comunicação. É importante deixar claro, em respeito a todos os que acompanham a nossa trajetória de 75 anos de vida, que a UNE não cometeu irregularidades e não é alvo de investigações de nenhum tribunal de contas. Se, o pedido de investigação feito pelo procurador do ministério público junto ao TCU apontar qualquer equívoco em nossa prestação de contas, – não há provas de que tenha ocorrido – será fruto de imperícia técnica, mas nunca de má fé”. Diz ainda que, se for constatado qualquer problema, devolverá o dinheiro.

A UNE também cobra “responsabilidade na veiculação e análise das informações e esclarecemos que a compra de alguns itens de vestuário foram feitas para a construção de instalações (artes visuais) e para o figurino de peças de teatro, atividades da Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina”. As matérias e editoriais, embora longos, não esclarecem questões como essa, o que passa a ideia de que a UNE estaria gastando dinheiro público para práticas religiosas do candomblé.

Quanto às notas fiscais supostamente irregulares, a entidade nacional dos estudantes brasileiros explica que o processo de contratação foi feito via pregão eletrônico, por meio da empresa “Terceiro Pregão”, especializada em licitações para o terceiro setor. “A UNE cumpriu a sua parte contratual. Caso tenha ocorrido qualquer irregularidade por parte das empresas contratadas, a UNE apoia a investigação do ocorrido e a adoção de medidas legais cabíveis”. (Blog do Zé Dirceu)

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