sábado, 2 de junho de 2012

Servidores da saúde exigem melhores salários em Belém

Representantes da Associação de Servidores do Serviço Móvel de Urgência (Samu), Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Pará (Sintesp-PA) e Associação dos Servidores da Saúde de Belém reuniram-se ontem com o chefe de gabinete da Prefeitura de Belém, Oséas Silva Jr., que também é presidente do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb). Eles discutiram a reinvindicação da categoria, que abrangem reajuste salarial, aumento e universalização no tíquete-alimentação concedido aos servidores da secretaria e melhor estrutura de trabalho. A reunião ocorreu na sede do Ipamb, em Belém.

Segundo o diretor do Sindicato de Servidores do Samu, Carlos Haroldo Costa, os problemas na saúde municipal já vem se arrastando há anos. Ele afirma que a estrutura de trabalho nas unidades municipais é precária e que muitas vezes faltam materiais de expediente básicos, como folhas de laudo no Departamento de Vigilância Sanitária, por exemplo. Em outros setores, não há nem mesmo água mineral para os servidores, segundo o sindicalista. 'A situação está ficando insustentável. Os funcionários vão trabalhar com a cara e a coragem, porque não há estrutura alguma e estão a ponto de parar tudo', denuncia. Os servidores também negociam reajuste salarial, já que o último reajuste da categoria teria sido em 2003, e reivindicam reposição de perdas salariais.

Uma das principais queixas dos trabalhadores é sobre o vale-alimentação, que os servidores recebem todo mês. Os sindicatos e associações denunciam que apenas a minoria dos servidores recebe, de fato, o tíquete. 'A secretaria tem oito mil funcionários e apenas cerca de três mil recebem o tíquete', afirma Haroldo. Ele lembra que há denúncias de desvios de tíquete-alimentação, que já estão inclusive sendo investigadas pelo Ministério Público. Os sindicalistas também querem aumento do ticket para R$ 300. Outro problema grave apontado pelas entidades de classe é a falta de ambulâncias no serviço de urgência. 'O Samu com precariedade, poucas ambulâncias, e as que tem são sucateadas', diz o líder sindical.

A situação precária apontada pelos trabalhadores pode levar a uma paralisação no Pronto-Socorro Mário Pinotti, o PSM da 14, na próxima semana. Os sindicatos ligados à saúde pública planejam parar as atividades no PSM na terça-feira (5), a partir das 7h. Segundo Carlos Haroldo, os detalhes da manifestação ainda estão sendo acertados, mas ela deverá servir como indicativo de greve por parte dos trabalhadores. (Portal ORM)

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