sábado, 2 de junho de 2012

Ação de Políticos no DNIT, segundo PAGOT

O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot acusou políticos de vários partidos, de buscar dinheiro no órgão ligado ao Ministério dos Transportes para pagar dívidas de campanha e fazer caixa 2. Segundo a revista Istoé, Pagot se sentiu pressionado a aprovar aditivos ilegais no valor de R$ 260 milhões ao trecho sul do Rodoanel, em São Paulo.

Pagot afirmou ainda que o governo do então governador tucano teria usado a obra para abastecer um suposto caixa 2 da campanha à Presidência da República em 2010. “Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá.’ Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin”, disse. “Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que o Rodoanel financiava a campanha do Serra”, revelou. “Teve uma reunião no DNIT. O Paulo Preto (diretor da Dersa) apresentou a fatura de R$ 260 milhões. Não aceitei e começaram as pressões.”

O ex-diretor do DNIT disse à Istoé que passou a receber telefonemas constantes, não só de Paulo Preto, mas do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), do ministro Alfredo Nascimento e de seu secretário-executivo, hoje ministro Paulo Sérgio Passos. 

Mais tarde, o TCU autorizou a Dersa a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), condicionando novos aditivos à autorização prévia do tribunal e do Ministério Público. Pagot recorreu à Advocacia-Geral da União, que em parecer, ao qual a Istoé teve acesso, o liberou de assinar o documento. “Aquele convênio tinha um porcentual ali que era para a campanha. Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra financiava a campanha do Serra”, disse. De acordo com o TSE, o comitê de Serra e do PSDB receberam das empreiteiras que atuaram no trecho sul do Rodoanel quase R$ 40 milhões.

Ainda segundo a revista, Pagot também disse que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) foi buscar no órgão fundos para quitar dívidas de campanha com a Delta Construções, através de acordos com a construtora. Demóstenes teria chamado Pagot para uma conversa privada, durante a qual disse que estava com dívidas com a Delta e que precisava “carimbar alguma obra para poder retribuir o favor” que a construtora fez para ele na campanha. (A partir de Artigo publicado no Blog do Noblat) 

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