A presidenta Dilma Rousseff afirmou terça (12/06), em Belo Horizonte (MG), que o Brasil tem forças internas para enfrentar a crise econômica internacional. Segundo Dilma, o país fez o dever de casa, tem as finanças públicas sob controle e enfrentará a crise com seus próprios recursos. Ela disse ainda que no segundo semestre haverá um processo mais contínuo de investimentos no Brasil. “Eu queria dizer para vocês que o Brasil tem forças internas para enfrentar essa crise, ele é diferente dos outros países da Europa que não têm forças internas. Nós estamos muito bem fincados nos nossos próprios pés. Nós temos política econômica consistente, nós não temos uma visão que acha que o ajuste é justificado e pode levar a que 54% da população de jovens de um país fique sem emprego, nós nunca achamos isso, nós temos uma política de defesa do emprego, sim.”
Ao participar de cerimônia de assinatura do termo de compromisso para elaboração do projeto executivo das obras de modernização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, Dilma disse discordar das críticas sobre o estímulo ao consumo. Segundo ela, o governo não busca uma política de gasto fácil no Brasil e está voltado para perseguir o investimento. “Não acho que essa história de que não é necessário construir é verdade, não concordo com isso. Não concordo com a história de que não é preciso estimular o consumo. O estímulo ao consumo é uma característica intrínseca do nosso modelo (…) Nós temos ainda um consumo extremamente reprimido das classes populares nesse país. É uma visão absolutamente equivocada achar que quem não tem uma melhoria de renda não quer comprar uma televisão, uma geladeira. Isso não tem nenhum problema, o Brasil comporta isso. Não temos um nível elevado de endividamento das famílias, é só pegar os padrões internacionais.”
Dilma também defendeu a política de conteúdo nacional nas compras governamentais e rebateu as críticas de que a Petrobras estaria com atraso na produção porque o governo não teria permitido a importação de sondas. Segundo a presidenta, o atraso na entrega de sondas foi de uma empresa estrangeira, e não dos fornecedores brasileiros. Dilma afirmou que o eventuais atrasos não devem ser atribuídos à política de compras do governo brasileiro, que, segundo ela, é correta e também praticada por outros países, como Estados Unidos e França. (Blog do Planalto)
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