A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o envolvimento de empresas, políticos e governos com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deve obter amanhã os dados relativos aos sigilos dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Agnelo depôs por dez horas à CPMI nesta quarta e colocou seu sigilo telefônico, fiscal e bancário à disposição dos parlamentares, o que acabou levando Perillo a fazer o mesmo, por meio do líder de seu partido, o deputado Bruno Araújo (SP). Em depoimento ontem, o governador goiano disse que não via “fundamento jurídico” para a quebra de seus sigilos.
Agnelo negou envolvimento com a organização comandada por Cachoeira e denúncias de enriquecimento ilícito. Ele se disse vítima de uma luta política para desgastar seu governo. “O grupo aqui investigado tramou a minha derrubada”, declarou. “Valeu-se de falsas acusações plantadas na imprensa, valeu-se de pessoas que passaram a divulgar mentiras com o objetivo de me desestabilizar e me tirar do governo do Distrito Federal”, completou.
Entre outros fatos, ele lembrou que o próprio senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO), acusado de estar envolvido no esquema descoberto pela Polícia Federal, chegou a pedir seu impeachment. (Agência Câmara de Notícias)
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