Para fechar o Seminário Nacional “Desafios do Modo Petista” em Porto Alegre (RS), realizado esta semana, o programa de governo do PT para 2012 foi debatido em um painel com a mediação do vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, e membro da comissão de Relações Exteriores e Desenvolvimento Urbano, deputado federal Paulo Ferreira.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, iniciou lembrando a homenagem do Mérito Farroupilha que o ex-governador Olívio Dutra recebeu na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Agradeceu ainda ao deputado Paulo Ferreira pelo esforço na realização do seminário.
Falcão destacou a participação popular e transparência como símbolos do PT: “Queremos ver essas marcas do PT reproduzidas em nossas campanhas”. Para um pleito vitorioso, segundo ele, não se pode esquecer: “A militância do PT que faz a nossa diferença”. Para o presidente do Partido, um avanço foi feito para passar a limpo a opressão de regimes de direita coma instalação da Comissão da Verdade.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, também participou do seminário. Ela reafirmou a ideia de que o governo do PT mudou o Brasil. A ministra foi buscar nos arquivos do Partido os programas de governo anteriores e as propostas, e comparou com as realizações e número de pessoas beneficiadas com os projetos sociais das administrações do PT. Por isso, segundo ela, o desafio de agora é o de continuar crescendo: “Nós temos que seguir avançando”.
Para o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a participação popular é uma questão que já compõe a agenda do país: “Não quer dizer que não tenha que fazer parte do programa de governo, mas já não distingue esquerda de direita”. O Modo Petista de Governar precisa revolucionar, afirma ele. Para uma gestão eficaz, o governador propôs três pontos: recuperação das funções públicas do Estado destruídas pelo neoliberalismo, conexão da política local com o projeto nacional e reinvenção do projeto democrático – sem ‘ficar escorado’ no Orçamento Participativo.
O secretário especial de Relações Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, também palestrou no evento. De acordo com ele, cada eleição é um caso específico, mas neste pleito o PT conta com uma atmosfera favorável. Garcia justifica a ideia com algumas ações do Partido nos últimos anos: “A questão chave é a pobreza no país. E nós demos grandes passos nesse sentido”. O desenvolvimento econômico também teve influência: “Pela primeira vez tivemos uma crise mundial que não repercutiu aqui significativamente”. Em relação ao futuro dos municípios, ele vê as demandas qualitativas como o próximo passo. De acordo com Marco Aurélio Garcia, o crescimento da classe média demanda não só o acesso universal à escola, mas a uma educação com professores qualificados, motivados e bem pagos e com uma boa infraestrutura.
Para ele, as áreas que devem ser enfatizadas nos programas de governo são a cultura e a comunicação. Os governantes precisam dar atenção à socialização dos bens culturais e à valorização da produção local. Em relação aos meios de comunicação, segundo Garcia, é necessário buscar formas alternativas: “Não podemos nos conformar em levantar todos os dias pela manhã e ler as mesmas notícias nos mesmos jornais. Não tem a ver com censura, mas com arejamento de ideias”.
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos e prefeito de Vitória (ES), João Coser, falou direcionado para quem quer ser assumir uma administração municipal. “Programa de governo tem a ver com a vida do cidadão. Tem que passar esperança e credibilidade”, disse ele. Coser tocou no assunto da ética e transparência: “Se cuidamos bem do nosso, temos que cuidar muito melhor do que é dos outros. E o prefeito administra recurso público”.
Também compuseram a mesa do evento o secretário-geral do PT, Elói Pietá, o presidente estadual do PT, Raul Pont, e o pré-candidato à administração de Porto Alegre (RS), Adão Villaverde, representando todos os pré-candidatos a prefeito. (Portal do PT)
Nenhum comentário:
Postar um comentário