sábado, 12 de maio de 2012

Cachoeira 'tem o direito de não falar nada' se for à CPI, diz advogado

Se o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar o pedido da defesa para adiar o depoimento de Carlinhos Cachoeira na CPI que apura as relações do bicheiro com políticos, ele poderá se negar a responder perguntas da comissão, informou ao G1 o advogado Márcio Thomaz Bastos. O depoimento está marcado para a próxima terça (15), e, segundo Bastos, o contraventor "tem o direito de não falar, para não produzir provas contra si".

Na noite de sexta-feira (11), Thomaz Bastos entrou com um pedido no Supremo para adiar o depoimento. A decisão está nas mãos do ministro Celso de Mello. A defesa argumenta que Cachoeira não pode depor antes de ter acesso aos documentos em poder da CPI.

O advogado afirmou que, na próxima segunda (14), se reunirá com Cachoeira na Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde ele está preso, para avaliar a melhor estratégia a ser adotada durante o depoimento. Cachoeira foi preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, em fevereiro, sob suspeita de chefiar esquema de jogos ilegais. Márcio Thomaz Bastos argumenta que não teve acesso ao inteiro teor do inquérito. “Eu não tive acesso ao inquérito. Então, vou conversar com ele para ver o que ele pode ou não pode dizer, se é melhor ficar calado”, afirmou.

Para receber Cachoeira, um esquema especial de segurança será estruturado no Senado. Cachoeira chegará escoltado por policiais, mas deve entrar na sala da CPI por uma entrada separada. Lá dentro, a segurança será feita pela Polícia Legislativa do Senado.

Um sorteio entre os profissionais de imprensa foi organizado pela assessoria de Comunicação do Senado para evitar tumultos na hora do depoimento. Um telão será instalado em uma sala ao lado da CPI para os profissionais que não conseguirem ficar dentro da sala onde estiver Cachoeira.

A CPI ouvirá ainda, na quinta-feira (17), o depoimento dos procuradores da República Daniel Rezende Salgado e Léa Batista de Oliveira. O depoimento dos dois estava previsto para a última quinta-feira, mas foi adiado porque outro depoimento, o do delegado Matheus Rodrigues, que comandou a Operação Monte Carlo, se prolongou. (Portal ORM)

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