terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PR pode voltar à base aliada do governo, diz líder

líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), disse hoje que vai consultar as bases do partido para definir se a sigla volta para o governo Dilma Rousseff. Portela e o líder do PR no Senado, Blairo Maggi (MT), encontraram-se com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para retomar a discussão.

"O governo nos quer oficialmente de volta à base aliada. Iniciamos agora oficialmente conversações sobre esse assunto, vamos conversar com o partido. Eu sou mineiro e, como bom mineiro, gostamos de conversar", afirmou o deputado à imprensa, ao deixar o gabinete de Ideli. "O governo vem nos chamando para voltar há bastante tempo, desde que saímos, o governo não se contentou com isso e pediu nosso retorno."

O PR deixou a base do governo após a crise instalada com a saída do presidente nacional do partido, Alfredo Nascimento, do Ministério dos Transportes, devido a denúncias de irregularidade. O partido não compareceu hoje à primeira reunião do conselho político do governo neste ano.

De acordo com Portela, não há pendência ou condições para o partido retornar à base de Dilma. "O PR não está atrás de ministérios. Não houve nenhuma conversa em relação a ministério, nenhuma proposta, nenhuma colocação de nomes, nenhuma proposta de mudança, nem oferecimento de outros ministérios ou outros cargos", garantiu.

Questionado se o partido se considerava representado no governo, Portela respondeu que o PR não foi defenestrado do Ministério dos Transportes. "Isso é um grande equívoco. A presidenta Dilma convidou o senador Blairo Maggi, então não houve defenestração. O convite veio ao Paulo Sérgio Passos, que já era ligado ao partido, mas naquele momento nós não nos sentimos contemplados e não quisemos conversar muito em cima desse assunto", comentou.

Para o deputado, não há ressentimentos com o Palácio do Planalto. "Na vida pública, não há feridas. Há experiência. Ganhamos experiência, o governo ganhou experiência. Nós prosseguimos nossa vida sem nenhuma mágoa, sem nenhum ressentimento", disse. (DOL)

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