Mais cedo ou mais tarde o país terá de enfrentar a grave questão dos altos spreads bancários e do caráter monopólico do nosso sistema financeiro. Ele é um dos maiores gargalos ao nosso desenvolvimento, ao lado do custo do serviço da dívida interna. Aliás, só de juros da dívida interna pública, até hoje, neste ano, o governo já gastou R$ 218 bi. O cálculo é da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (FIESP).
A suave queda na taxa da Selic, contudo, tem um impacto imediato. A decisão do Conselho de Política Monetária (COPOM) do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual permitirá ao governo uma economia de R$ 721 milhões. Esse é o montante que ele deixará de pagar com juros da dívida pública remunerados com base na Selic. Caso a Selic permanecesse em 11,5% ao ano entre esta quinta-feira (1º) e a reunião de janeiro (em um mês e meio), o governo teria que pagar R$ 17,329 bi em juros aos seus credores. Agora que a taxa desceu para 11%, o custo será de R$ 16,608 bi.
É preciso combater os altos juros e o rentismo, que ainda são hegemônicos na nossa economia. As suas mazelas são conhecidas no mundo. Que o digam a Europa e os Estados Unidos. (Blog do Zé Dirceu)
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