“A juventude no Brasil precisa ter condições de construir sua própria trajetória”. Principalmente ante a desafios específicos desse segmento da população, como violência e desemprego. É o que pensa Severine Macedo, Secretária Nacional de Juventude, uma pasta vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República com foco nas políticas públicas de juventude no governo federal.
A pasta dedica-se a 27% da população brasileira, algo próximo a 53 milhões de cidadãos. Segundo Severine, o recorte principal da Secretaria, hoje, é a questão da violência, uma vez que os jovens são particularmente mais vulneráveis a ela. “As políticas implementadas para os jovens levam em conta as questões de gênero, racial, de orientação sexual, de campo/cidade… Se não for assim, você não atinge efetivamente essas populações”, explica. “Sozinhas, as políticas sociais e de inclusão não fazem com que a violência diminua”, acrescenta. Segundo ela, isso pode ser comprovado pelos altos índices de violência que afetam os jovens brasileiros, sobretudo, os jovens negros.
Outro desafio de sua pasta, ressalta Severine, é o desemprego. No entanto, os índices desemprego são três vezes mais altos nessa faixa quem entre os adultos. “E não se trata apenas de gerar trabalho, mas trabalho decente para os jovens”. Nessa frente, o esforço do governo brasileiro vem sendo articulado, inclusive, com outros parceiros do MERCOSUL. “Estamos fazendo um grande esforço dentro do MERCOSUL em prol da agenda do trabalho decente para o jovem”, informa. O conceito vem sendo discutido, por exemplo, no âmbito do Grupo Mercado Comum (GMC) para alavancar o Plano de Trabalho Decente Juvenil. Severine conta, também, que a pauta foi discutida em junho durante a Conferência Mundial do Trabalho Decente, promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). (Blog do Zé Dirceu)
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