domingo, 11 de maio de 2014

ENSINO MÉDIO: Déficit será de 10 mil vagas em 2016

Em 2016 o Pará não terá vagas suficientes no ensino médio para a quantidade de alunos que estarão aptos a cursar esta etapa do ensino. É o maior déficit de salas de aula de todo o Brasil: 10.668 jovens paraenses de 33 municípios não poderão dar continuidade aos estudos em escolas públicas.

Os dados fazem parte de um relatório feito pelo Tribunal de Contas da União que deu origem ao FiscEducação, primeiro relatório sistêmico na área de Educação, elaborado em parceria com tribunais de contas municipais e estaduais e envolveu a visita a 580 escolas instaladas em diversas regiões brasileiras. O objetivo foi avaliar a qualidade do ensino médio.

Para avaliar a disponibilidade de vagas, o TCU fez uma projeção da quantidade de jovens que estarão na faixa etária de 15 a 17 anos em 2016 e comparou com a infraestrutura predial (número de escolas) atual e chegou ao déficit de salas de aula para atender esses jovens. Com base no Censo Escolar 2012, foi identificada a relação de escolas que ofertam o ensino médio (federal, estadual, municipal e privada). A conclusão foi que será encargo da rede estadual a oferta de salas de aula para atendimento da meta.

Ao todo 33 municípios paraenses vão sentir o maior reflexo da falta de vagas para o ensino médio em 2016, segundo o relatório. São Félix do Xingu e Santana do Araguaia são os casos mais graves no Estado. Almeirim, Afuá, Breu Branco, Chaves, Ipixuna do Pará, Ulianópolis, Portel e Rurópolis também apresentaram alto índice de falta de vagas. Quase todos os municípios do Marajó mostram carência de vagas para o ensino médio.

A situação da educação no Pará, agora revelada por um amplo levantamento do órgão oficial de controle de aplicação de recursos federais, é preocupante. A insuficiência de cobertura da rede escolar para cumprir a meta3 do Plano Nacional de Educação, que tramita no Congresso Nacional, é grave. O TCU já encaminhou uma série de indicações para a Secretaria de Educação do Estado do Pará e vai monitorar o cumprimento das determinações e recomendações resultantes da auditoria. (Fonte: Diário do Pará)

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