A um ano das convenções que vão definir quem serão os candidatos às eleições 2014, os grandes partidos já começam a definir suas estratégias eleitorais. O PT é o primeiro a anunciar os passos que tomará rumo a 2014.
Após reunião do Diretório Estadual, realizada no último final de semana, a legenda divulgou resolução em que anuncia que vai trabalhar para reeditar, no Estado, a aliança nacional que dá apoio à presidente Dilma Rousseff. Como ocorre na esfera federal, o aliado preferencial é o PMDB. O ex-deputado Paulo Rocha será o nome do PT para a disputa majoritária (governo do Estado ou Senado).
Três propostas foram debatidas no encontro do Diretório Regional do PT. A primeira, defendida pelo grupo liderado pelos deputados federal Beto Faro e estadual, Carlos Bordalo, queria a antecipação do anúncio de uma chapa com Paulo Rocha concorrendo ao Senado e apoiando um candidato do PMDB ao governo. O nome mais cotado é do ex-prefeito de Ananindeua Helder Barbalho.
O chamado campo majoritário, mais afinado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também defende Rocha como candidato ao Senado em uma chapa encabeçada pelo PMDB, mas propôs que o martelo fosse batido apenas em dezembro.
Já a Democracia Socialista (DS), grupo do deputado federal Cláudio Puty e da ex-governadora Ana Júlia, defende a candidatura própria do PT ao governo, mas também aprovou a resolução propondo o nome de Rocha para a chapa majoritária.
ROCHA
A DS quer que Rocha seja o candidato ao governo, deixando uma possível aliança com o PMDB apenas para o segundo turno. “Não temos nada contra o PMDB, mas acreditamos que essa estratégia é melhor para o Estado, melhor para a eleição da presidente Dilma e para o PT. Fazer a aliança já no primeiro turno seria antecipar o segundo turno e isso é bom para os tucanos”, diz Puty.
O atual presidente estadual do PT, João Batista Silva, contudo, dá sinais de que a intenção é unificar o palanque desde o início. “Todos estão cedendo um pouco porque temos um objetivo único e maior que é a reeleição da Dilma”, disse.
A ideia, explica Batista, é reunir todos os partidos da base de apoio à presidente e as conversas já começaram. O PT quer também manter as atuais bancadas federal e estadual. Hoje, a legenda tem quatro cadeiras na Câmara e oito na Assembleia Legislativa.
Em novembro o PT realiza eleição interna para presidente da legenda. O atual, João Batista, não pode mais concorrer porque já foi reeleito. Em dezembro, já sob nova direção, deve oficializar as decisões tomadas pelo Diretório Regional. “Queremos antecipar para não deixar as discussões para o ano que vem. Vamos começar 2014 com tudo definido”, diz João Batista, garantindo que o PT está unido em torno da necessidade das alianças. (Diário do Pará)
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