A esquerda decidiu se mexer no Chile. O Partido Progressista e o Movimento Socialista Allendista decidiram unir forças para fazer um programa de governo que seja uma alternativa presidencial unitária, ampla e competitiva.
“A tarefa para a qual convocamos todas as chilenas e todos os chilenos, as forças políticas progressistas de esquerda , os movimentos sociais e os cidadãos é construir juntos uma ampla confluência social, política e cultura que se constitua numa alternativa real ao duopólio da direita e da Concertação [maior bloco político de oposição no Chile, cujo expoente é Michelle Bachelet, de centro-esquerda]”, diz Esteban Silva, presidente do Comitê Executivo Nacional do Movimento Socialista Allendista.
A Concertação governava o Chile desde 1990 e foi derrotada nas últimas eleições pela direita. A ideia dos progressistas e dos allendistas é fazer uma Assembleia Constituinte para uma nova Constituição. Para isso, a estratégia é conseguir uma grande maioria nas próximas eleições.
“Propomos, além disso, uma profunda reforma tributária e trabalhista, educação pública gratuita e laica e a recuperação da nossa soberania econômica”, afirma Camilo Lagos, secretário geral do Partido Progressista.
Em outubro passado, foi lançada pelos progressistas a candidatura de Marco Enríquez-Ominami. “Estamos convencidos que nestas eleições presidenciais vai estar se julgando a real vontade de começar a caminhar por um caminho de profundas transformações que o nosso país requer”, acrescenta Lagos.
Com Piñera, o Chile vem de fato passando por um mau momento – o que se expressa na rejeição popular ao governo de direita no país. As eleições presidenciais chilenas serão em novembro e dezembro. (Blog do Zé Dirceu)
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