quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Uma saída para a greve do funcionalismo. Urgente

Ao participar de sessão de fotos com candidatos a prefeitos da base aliada, o ex-presidente Lula defendeu Dilma Rousseff em relação à greve do funcionalismo. Disse que a presidenta vive a "angústia"’ de não poder atender os servidores e pediu compreensão dos grevistas. 

A declaração do ex-presidente ajuda, mas não resolve. É preciso encontrar uma saída, uma proposta razoável e um negociador à altura do problema. A greve não pode se transformar numa greve política e precisa de uma saída. Lula tem razão, mas nossa experiência ensina que é melhor um bom acordo que acordo nenhum.

A greve já atinge 300 mil trabalhadores e algumas categorias, como a da Receita Federal, estão paralisadas há mais de 50 dias. As das universidades federais, há mais de três meses. A greve de 24 h, dos serventuários do INSS nesta 4ª (15.8) paralisou 50 postos de atendimento na capital. 

"As pessoas não podem perder a seguinte ideia: a presidente Dilma tem sensibilidade. Ela vive a angústia de não poder atender aquilo que as pessoas precisam porque o dinheiro é muito curto. Conheço profundamente o que ela pensa. Acho que ela quer ajudar. As pessoas só tem que compreender que estamos vivendo uma crise mundial de grande repercussão, ou seja, a Europa está passando por momentos difíceis e os EUA também. O Brasil, embora seja um país que sofra menos a crise, está envolvido com a política globalizada", observou o ex-presidente.

O ex-presidente Lula defendeu também o direito de greve do funcionalismo e falou que o governo está disposto a dialogar. "A greve é um direito dos trabalhadores e é um direito do governo poder atender ou não. O governo nem sempre pode atender aquilo que as pessoas querem. Acho que o governo está disposto ao diálogo; e parece que está havendo as reuniões necessárias”, disse. 

Mais uma vez, Lula pede a compreensão dos grevistas: “O governo tem de trabalhar com o dinheiro disponível; e as pessoas, de vez em quando, precisam compreender que o governo não tem todo o dinheiro que a gente, quando está fora, pensa que ele tem. O dinheiro é limitado e o orçamento está sendo votado". (Blog do Zé Dirceu)

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