Compreensível o entusiasmo do ministro da Agricultura e Pecuária, Mendes Ribeiro, ao anunciar que teremos mais uma safra recorde de grãos este ano. Mas, espera aí: com suas dimensões continentais, a farta terra boa que possui e o potencial de que dispomos, o Brasil já pode, precisa e deve produzir muito mais.
O IBGE anunciou, também esta semana, seu 7º Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas. Por ele, a safra nacional de grãos este ano deve atingir 163,3 milhões de toneladas, 2% superior à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 1,6% maior do que a estimativa de junho.
As três principais culturas (arroz, milho e soja), que representam 91% da produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, respondem por 84,7% da área a ser colhida. Segundo o IBGE, a previsão de produção do milho é 27% maior. Já as do arroz e da soja apresentam redução 14,9% e 12,2%, respectivamente quando comparadas a 2011.
O estudo aponta que a Região Centro-Oeste, líder na produção de grãos, maior celeiro nacional, deve colher 69,8 milhões de toneladas. Seguem-se a produção por tonelada das demais regiões: Sul, 56,7; Sudeste, 19,1 milhões; Nordeste, 13,2 milhões; e Norte, 4,5 milhões. Entre os Estados, Mato Grosso lidera com participação de 24,7%, seguido pelo Paraná, com 19,3% e o Rio Grande do Sul, com 12,1%.
OK, boas, ótimas mesmo estas notícias sobre a safra, ministro. Principalmente porque ela é o motor do nosso desenvolvimento econômico, do crescimento do PIB, ajuda nas exportações e no controle da inflação, mantém a renda e o emprego no campo.
Mas, eu insisto, o Brasil pode e deve produzir mais, muito mais e melhor. Com menos agrotóxicos e desmatamento. E tem que apoiar mais a agricultura familiar e reduzir os custos de transporte e insumos da agricultura. No campo - neste campo - fazemos bem, mas podemos fazer melhor. (Blog do Zé Dirceu)
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