O governo federal propôs nesta 6ª feira reajuste de 15,8% - a ser pago até 2015 - a 18 setores do serviço público federal, enquadrados no Plano Geral de Cargos do Poder Executivo e nas carreiras da Previdência, Saúde e Trabalho.A informação é da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) representante dos funcionários públicos grevistas em reunião com representantes do governo.
A proposta foi considerada insatisfatória, distante do atendimento das reivindicações dos 18 setores, mas os líderes sindicais aceitaram debatê-la e propor alguns ajustes. Novas rodadas de negociações estão agendas para este sábado.As categorias representadas na reunião da 6ª feira estão em greve desde o dia 18 de junho e são as que recebem os salários mais baixos do funcionalismo público.
O índice e condições oferecidos pelo governo a estes setores são os mesmos já apresentados aos técnicos administrativos das universidades federais e aos peritos e delegados da Polícia Federal (PF). O governo não mostra disposição de transigir. Escuda-se, de novo, nas restrições orçamentárias e no momento de crise econômica decorrente dos efeitos aqui da crise econômico-financeira global.
O quadro, aos poucos vai mudando. Grevistas de oito universidades federais decidiram voltar ao trabalho - em algumas já na próxima 2ª feira. E a Polícia Federal, também, decidiu acatar decisão do Superior Tribunal de Justiça e encerrar as operações padrão que promoveu nos aeroportos. Mas, promete recorrer e continua a luta reivindicatória na justiça.
Bom, há que se reconhecer - e os servidores que encerram o movimento parecem reconhecê-lo - dois pontos: que a proposta do governo não é ruim; e seu esforço em se aproximar ao máximo das demandas dos servidores. Estão num caminho certo, portanto, aqueles que encerram a paralisação.
Sem cessar a luta, mesmo e principalmente porque um bom acordo agora não significa abandonar as demais demandas. Aceitando-o é perfeitamente possível continuar a negociar e a buscar um acordo com o governo na mesa de negociação. E sem greve.
Até porque, a continuidade do movimento paredista já não encontra sustentação nem na sociedade, e tudo indica pelas decisões de volta ao trabalho, nem é mais consenso entre os servidores. Se fosse, eles não estariam se fracionando, parte retomando as atividades e parte mantendo-as paralisadas. (Blog do Zé Dirceu)
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