Como se não já bastasse a falta de medicamentos e equipamentos no Hospital de Pronto-Socorro Mário Pinotti (o PSM da 14), os mais de 100 pacientes internados ficaram sem o café da manhã ontem. De acordo com informações extraoficiais, a falta de comida no PSM da 14 aconteceu porque a Prefeitura de Belém não teria pago a empresa terceirizada que fornece a alimentação dos pacientes.
O almoço também foi entregue pela metade e nem todos puderam se alimentar da dieta. Preocupados com a situação, alguns servidores fizeram coleta para comprar pão para os enfermos. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) alegou que o problema aconteceu porque a empresa que fornece a alimentação teve problemas.
O médico Wilson Machado enfrentou um expediente repleto de transtornos ontem de manhã. “Eu fui trabalhar e me deparei com uma situação difícil: os pacientes não tinham tomado o café da manhã porque simplesmente não teve comida para eles”, enfatizou o médico. Ele não sabe informar se é a primeira vez que o problema acontece, mas torce para que não volte a se repetir.
Pacientes em estado grave, crianças e idosos. Todos ficaram sem se alimentar e sem entender o que estava acontecendo. Alguns deles chegaram a passar mal por causa da fome. “Chegou uma hora em que as crianças começaram a chorar de fome e então médicos e funcionários se mobilizaram para arrecadar dinheiro e comprar pão para elas”, relatou Machado. Até a hora de sua saída, próximo do meio-dia, não havia chegado sequer uma marmita para os pacientes. “É por isso que a comunidade médica está em greve. As melhores condições de trabalho que a categoria pede também incluem a alimentação de boa qualidade para os enfermos”, resumiu.
De acordo com a técnica em enfermagem Rosana Rocha, o almoço para os pacientes foi fornecido, mas a quantidade não atendeu a metade do número de pacientes internados. “A comida chegou só para a metade dos pacientes e até agora ninguém sabe o que está acontecendo de fato. Informações indicam que a prefeitura não pagou a empresa que fornece a dieta (refeições) dos pacientes”, disse. (Diário do Pará)
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