Os representantes da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), que reúne Venezuela, Antigua e Barbuda, Bolívia, Cuba, República Dominicana, Equador, Nicarágua, San Vicente e Granadinas, cobraram hoje (16) dos líderes políticos dos países ricos, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), maior cooperação com o desenvolvimento sustentável, investimento nas propostas em discussão e respeito aos países em desenvolvimento.
A chefe da delegação de Cuba, Anayensi Rodriguez, apelou para que os países ricos respeitem os que estão em desenvolvimento e permitam que eles também tenham voz nas discussões políticas. “[Temos] o direito ao desenvolvimento, que implica no respeito à decisão soberana dos países para escolher os caminhos de acordo com suas circunstâncias e necessidades. Isso também requer uma mudança nos padrões de produção e consumo”, disse ela.
O chefe da delegação da Bolívia, René Orellana, acrescentou ainda que a crise que atinge o sistema financeiro pode afetar a alimentação e o meio ambiente de tal maneira que leve o mundo à uma “agenda de pobreza”. “A fome e a miséria hoje já atinge 1 bilhão de pessoas famintas no mundo. Há 30 anos eram 800 milhões [nessa situação].”
Para a chefe da delegação da Venezuela, Claudia Salerno, o mundo está “repleto de crises conjunturais” e, por isso, é necessário atuar de maneira coletiva. Segundo ela, as articulações que promovam ações concretas e as definições das metas adotadas por todos nos próximos anos é fundamental na busca do equilíbrio para assegurar a qualidade de vida no planeta.
O chefe da delegação da Nicarágua, Paul Oquist Kelley, reclamou da falta de investimentos dos países desenvolvidos em questões prioritárias e disse que sem esse apoio é impossível propor metas e fixar objetivos. O chefe da delegação do Equador, Tarsicio Graniso, lembrou que a conferência deve dar respostas à sociedade e não pode decepcionar quem espera por ações. (Portal ORM)
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