Os professores da rede particular de ensino decidiram, em assembleia geral realizada na última quinta-feira (17) à noite, pelo estado de greve antes de realizar uma paralisação por tempo indeterminado. A direção do Sindicato dos Professores da Rede Particular (Sinpro) vai tentar na próxima semana uma nova rodada de negociação com a direção do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino, para fechar todos os acordos pendentes.
Alguns professores que compareceram à assembléia geral sugeriram a paralisação por apenas um dia, com a finalidade de chamar a atenção dos proprietários de estabelecimentos particulares e da sociedade. Essa paralisação seria antes do dia 5 de junho, data da audiência de conciliação programada para a Superintendência Regional do Trabalho, em Belém. No entanto, a assembleia optou pelo estado de greve e pela nova tentativa de negociação com o sindicato patronal.
Na última rodada realizada na sede do Sinepe, as partes não chegaram a um acordo. O entrave continua sendo a exigência dos proprietários de escolas em antecipar a data-base da categoria do dia 1º de março para 1º de janeiro. Além da mudança da data-base, outros problemas são o não pagamento da carga horária dos professores e o final do recesso escolar. As propostas foram rejeitadas pela categoria.
A coordenadora-geral do Sinpro, Rosa Fares, ficou satisfeita com a mobilização da categoria na última segunda-feira (14), com a utilização de carro-som em frente às faculdades e escolas de ensino médio. “Colocamos várias estratégias de ações antes da reunião na Superintendência Regional do Trabalho. O estado de greve é uma alerta e que poderemos paralisar as atividades a qualquer momento”, avisa Rosa Fares. “Quem tem a perder com a suposta paralisação são os donos de estabelecimentos, os alunos, os pais de alunos. Queremos contar com a compreensão da sociedade nesta luta desigual entre os professores e os donos de escolas”, completou a coordenadora.
O coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade da Amazônia (Unama), Eduardo Rodrigues, esteve presente na reunião para levar o apoio dos estudantes à luta dos professores. (DOL)
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