Investigações do Ministério Público do Estado levaram a descoberta de diversos cheques apenas assinados pelo então deputado e ex vice presidente da Alepa, José Megale, pagos pelo Banpará a familiares de Daura Hage.
Segundo o promotor de justiça Arnaldo Azevedo, da análise dos cheques surge a ligação entre José Megale e Daura Irene Xavier Hage, pois os cheques assinados e indevidamente pagos pelo Banpará às empresa da família de Daura dizem respeito a processos licitatórios comprovadamente fraudados. José Megale assinava autorizando o pagamento de obras, serviços e aquisição de bens nunca realizados ou entregues à Alepa.
Além disso, as investigações descobriram que o deputado José Megale mantinha nos quadros funcionais de seu gabinete Marco Antonio Costa Martins – falecido no ano passado - e que era proprietário da empresa MAC Martins, que mantinha negócios comerciais com a Alepa. Os serviços teriam sido requeridos ou solicitados pelo próprio Megale, conforme documentos juntados aos autos. O próprio Marco Antonio foi um dos doadores de dinheiro para a campanha eleitoral de José Megale, segundo informações levantadas junto a Justiça Eleitoral.
Segundo o promotor de justiça Arnaldo Azevedo, 'o procedimento para retenção do imposto sobre serviços que a empresa MAC Martins supostamente prestava à Alepa era irregular, na medida em que ao invés de ser retido pelo órgão tomador do serviço, o desconto referente ao ISS era repassado para o proprietário da empresa que era assessor do referido deputado, através de cheque, conforme apurado'.
Somado às informações levantadas pelo Ministério Público, 'consta ainda o fato de que o deputado José Megale possui reduto eleitoral nos municípios de Monte Alegre e Alenquer, sendo que Daura Hage e seus parentes são exatamente radicados naquela região do Estado do Pará', disse o promotor. (Portal ORM)
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