Tão importante ou mais que a redução dos juros ao consumidor – ainda altíssimos para os padrões internacionais –, é a decisão do Banco Central (BC) de publicar os votos de cada um dos integrantes do Comitê de Política Monetária (COPOM), com suas respectivas justificativas. As reuniões acontecem a cada 45 dias (são oito por ano) e definem questões da maior importância para o país. O COPOM implementa a política monetária, define a Taxa Selic (a taxa básica de juros do país), e analisa os dados sobre a inflação, cujas metas são definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
A transparência das decisões do COPOM, fruto da lei da transparência e da visão que tem o PT sobre a necessidade de termos um Estado totalmente sintonizado com a democracia e os interesses do povo, vai desmistificar o caráter apenas técnico das decisões sobre politica monetária e nos retirar da pré-história da politica econômica, colocando-nos no século XXI da economia politica.
A nova prática vai lançar luz no debate sobre nosso desenvolvimento e os interesses de cada setor da economia, de cada classe social, em temas tão importantes como juros, poupança, investimento, dívida interna, reservas, política fiscal e cambial, rentismo e política tributária. Um avanço extraordinário, que pode romper a hegemonia de décadas do capital financeiro sobre a politica econômica – especialmente a monetária –, e sobre o próprio Banco Central.
(Blog do Zé Dirceu)
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