quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Lacerda, do INCRA, promete até 40 mil assentados este ano

Os números de 2011 do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) estão no centro de uma polêmica com o Movimento dos Sem Terra. De um lado, o governo apresentou um balanço de 22 mil famílias assentadas no ano passado em 117 novos projetos de assentamentos criados. Neles, 14 mil novos lotes criados de forma onerosa, ou seja, pagos ou desapropriados pelo governo federal. De outro, pelos cálculos da Secretaria Geral do MST apenas 5.735 famílias teriam sido assentadas em áreas desapropriadas, com os R$ 530 milhões previstos no orçamento do INCRA para a obtenção de novas áreas. E dessas, apenas 1.651 famílias do seu movimento em 2011.

O MST também reclama que a suplementação de outros R$ 400 milhões no orçamento do INCRA - que saiu em dezembro, em função da Jornada Nacional da Via Campesina no mês de agosto – seria o suficiente para o assentamento de apenas 4.435 famílias.

Para o engenheiro agrônomo Celso Lacerda, presidente do INCRA, ele próprio um quadro indicado pelo MST para o cargo, há diferenças de metodologia nas duas contas. O governo computa todas as famílias assentadas, inclusive aquelas que foram destinadas a assentamentos anteriormente ocupados e que, devido à rotatividade, ou ao combate de irregularidades, estavam ociosos. Também entram na contabilidade federal os assentamentos criados nas terras públicas da Amazônia. (Blog do Zé Dirceu)

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