Ao atender dependentes químicos em seus 18 anos de trabalho, a assistente social Mônica Azevedo constatou em suas entrevistas, que, no que se refere ao primeiro contato com as drogas, o uso começou dentro de casa em quase todos os casos atendidos. 'Quando em festinhas os familiares deixavam restos de bebidas alcoólicas e cigarros e as crianças provavam escondidas. O uso se agrava na adolescência, fase de transgressão, de pertencimento aos grupos e de autoafirmação. Raros são os casos em que os jovens começam o vício com as drogas ilícitas, mas esse número vem aumentando, ultimamente', afirmou.
Mônica é licenciada pelo Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (Coned-PA) e pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) para realizar trabalhos na área de prevenção ao uso de drogas. Sobre a justificativa de curiosidade para a entrada no mundo das drogas, ela acredita que o termo seja um 'pano de frente', mas que por trás da busca destrutiva existam problemas de autoaceitação, de baixa estima e de outras dificuldades emocionais, geralmente ligadas à infância. 'Um problema sério são os familiares superprotetores, que não deixam os filhos crescerem e aprenderem a se defender, e a ter recursos para lidar com perdas e frustrações', analisa. (Portal ORM)
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