A pesquisa Datafolha sobre a divisão do Pará em três Estados traz justificados argumentos e razões para uma reflexão de nossa parte - de nós, políticos, e da população paraense - sobre a criação de mais duas unidades federativas no país.
Nessa discussão em pauta temos dois lados nitidamente delineados. A discussão intensificou-se agora pela pesquisa e pelo início da campanha no rádio e TV paraenses sobre o plebiscito no qual a população decidirá a divisão daqui a um mês.
De um lado podemos fazer uma reflexão sobre as bem sucedidas divisões de Estados no passado, as do Tocantins e do Mato Grosso do Sul. A do Tocantins foi boa para Goiás; a do Mato Grosso do Sul para o Mato Grosso. Os dois antigos Estados também se desenvolveram e a criação dos novos foi um sucesso total. Basta ver a realidade e o que são hoje tanto Goiás e o Mato Grosso, quanto o Tocantins e o Mato Grosso do Sul que deles se desmembraram.
De outro lado, temos os dados da pesquisa, agora, e o fato de que nessa reflexão, há necessariamente que se pensar que a criação de um novo Estado - de dois, no caso da divisão do Pará a ser decidida pelo plebiscito - significa despesas e novas instituições politicas, bem como uma nova organização administrativa da justiça, do legislativo e do executivo.
Neste segundo ponto da avaliação, não há dúvidas de que como está hoje o Estado do Pará, não se consegue atender satisfatoriamente (eu não diria governar) as regiões que o compõem os prováveis - ou não - futuros Estados, Tapajós e Carajás. De qualquer forma, o melhor dessa história é que quem vai decidir é o povo paraense que, segundo estas primeiras pesquisas, está contra o fatiamento de seu Estado em três.
Blog do Zé Dirceu
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