Após privatizar empresas públicas e terceirizar o ensino superior no País, o choque de gestão tucano criou mais uma inovação: o parcelamento de propinas.
Documentos obtidos pela Polícia Federal revelam que a Alstom dividiu em prestações os subornos pagos a membros do primeiro escalão do governo de São Paulo na gestão Mário Covas.
Papéis apreendidos na sede da empresa na França, no rastro da investigação do TrensalãoTucano, demonstram que a prática dos tucanos não confirma o discurso. Eles mostram que, dos 45,7 milhões de dólares (52 milhões de reais, em valores da época), cerca de 6,4 milhões de reais - ou seja, 12% do contrato - foram desviados para integrantes da administração pública.
Os recursos, conforme documentos da multinacional, foram repassados a indicados pelo PSDB que estavam no comando de órgãos como a Secretaria de Energia, a Casa Civil e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia.
De acordo com a apuração, os repasses de propinas acompanharam o calendário de liberação de pagamentos da estatal paulista à empresa francesa. O suborno à diretoria financeira da EPTE, por exemplo, foi dividido em quatro parcelas, entre dezembro de 1998 a setembro de 1999.
A propina de 3% destinada à Secretaria de Energia teve o mesmo tratamento. O documento registra repasse de 30% dos 1,56 milhão de reais destinados a dirigentes da pasta.
Andrea Matarazzo, já indiciado na investigação, era o secretário à época. Outro destinatário dos repasses é Robson Marinho. Ex-chefe da Casa Civil de Mário Covas e atual conselheiro do TCE, ele recebeu 2,07 milhões de reais, conforme os documentos.
(Partido dos Trabalhadores no Facebook)
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