terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Policiais civis prometem radicalizar greve

Representantes dos policiais civis, em greve desde 26 de novembro, e governo do Pará participam de reunião no final da tarde desta terça-feira (17), na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado, em Belém. A greve foi suspensa por 24 horas após uma assembleia geral no final da manhã de hoje. A medida teve apenas efeito para negociação.

Os grevistas prometem radicalizar a paralisação ao incentivar que policiais do interior deixem de custodiar presos. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil, a custódia de presos é função da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará e, no interior, é exercida pelos servidores da polícia.

Hoje à tarde, cerca de 200 grevistas ocuparam a frente da seccional do bairro de São Brás em um protesto contra a negociação em separado feita pelo governo do Pará com os delegados de Polícia Civil. Desde a semana passada, havia rumores de que os delegados também entrariam na greve, o que não ocorreu.

Em nota de repúdio divulgada hoje, o Sindpol manifestou indignação com o tratamento dado aos delegados em detrimento dos outros servidores paralisados. O texto acusa as secretarias de Administração e Segurança Pública de arbitrárias e ressalta "o corporativismo existente entre os delegados, que se julgam acima do bem e do mal". 

Os policiais civis - investigadores, escrivães, papiloscopistas, motoristas policiais - estão em greve há 22 dias. A categoria reivindica a incorporação do abono salarial de R$ 540,00 no vencimento-base; o pagamento de gratificação de 80% a título de nível superior para todos os policiais civis; melhorias das condições de trabalho em todas as delegacias e seccionais; e o cumprimento da carga-horária de trabalho de 44 horas semanais conforme a jornada definida em lei, que é de um dia de trabalho por três dias de folga. (ORM News)

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