sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Sindicato denuncia abandono das seccionais

O Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará fez diligência, na noite de ontem, às Seccionais Urbanas da Marambaia e Sacramenta, em Belém, e constatou o oposto do discurso proferido em peças publicitárias do Estado. “A gente mostra que tudo o que o governo do Estado diz é mentira, que as delegacias estão abandonadas e que não têm condições para o servidor trabalhar. Onde foi parar o dinheiro dos investimentos anunciados?”, questiona Pablo Farah, diretor jurídico do sindicato.

Na Seccional da Marambaia, apenas um banheiro está disponível para atender servidores e população - os outros dois banheiros estão interditados-; as lâmpadas da recepção estão queimadas e somente uma viatura atende às demandas. “Só pega no empurrão”, reclama um servidor que prefere não ser identificado. 

No plantão, um delegado, um escrivão e dois investigadores. O sindicato denuncia que às 20h um policial é deslocado para a Unidade Pro Paz (UPP) do Distrito Industrial. O ambiente escuro já está assim há duas semanas e os banheiros estão interditados há pelo menos um mês.

Na Seccional da Sacramenta, o mofo e as infiltrações tomam conta do local. Ao abrir a porta de onde os Boletins de Ocorrência são registrados, o odor do mofo logo invade as narinas. Próximo ao ar-condicionado antigo, as infiltrações estão mais do que visíveis. São elas que proporcionam o ambiente perfeito para os fungos e o mofo.

O piso da sala à direita está solto. A cada passo, as lajotas estalam. Algumas já estão quebradas e, com a falta de iluminação, a sujeira e o abandono dão ao local um tom soturno e pesado. A área está totalmente sem utilização, sem as mínimas condições de usabilidade e segurança. O terreno e o prédio são grandes e subaproveitados, em virtude das reformas que os funcionários mais antigos nem sequer lembram quando foram feitas.

“Tô aqui há cinco anos e nunca vi isso nem sendo pintado”, reclama um servidor. A seccional, assim como muitas outras, não conta com alojamentos para os funcionários que tiram plantão 24h. “A gente não tem um lugar para descansar, nem que seja um pouquinho”, lamenta.

“Já pedimos a interdição dessa delegacia e nunca foi solucionado. Denunciamos ao delegado geral, Ministério Público, secretário de Segurança, Tribunal de Justiça, todos os órgãos competentes”, afirma o diretor social José Pimentel. O Sindpol alega que laudos do IML e bombeiros já condenaram o prédio e pediram a interdição do mesmo. Quando chove, o acesso à delegacia fica comprometido em virtude dos alagamentos. “Alaga tudo aqui. Enche tudo na frente”, completa. (Fonte: Diário do Pará)

Nenhum comentário:

Postar um comentário