A Comissão de Justiça e Paz da Comissão Nacional dos Bispos no Brasil - CNBB Norte II esclarece que, diante das informações prestadas pelo Delegado de Polícia Civil Edgar Henrique Monteiro, em que ele afirma estar sendo vítima de perseguição política, acusando um dos integrantes da Comissão Justiça e Paz de ser advogado da jovem grávida que denunciou ter sido mantida em cárcere no dia 27 de agosto, juntamente com seis homens, em uma cela em Chaves, no arquipélago do Marajó, “a Comissão de Justiça e Paz (CJP) não atua como advogada de parte, visto que seus integrantes são colaboradores e voluntários que desempenham seus papéis independentemente de sua vida profissional. O fato de algum dos seus membros atuar como advogado não retira a legitimidade para denunciar eventual ocorrência de crime, como ora denunciado por esta comissão”.
A comissão esclarece ainda que “a jovem que foi mantida em cárcere na companhia de várioshomens está sendo acompanhada pela Comissão Justiça e Paz como um todo, e não somente por um dos seus componentes. Além disso, a referida jovem procurou a CJP para fazer a denúncia de um fato grave, que merece ser investigado e punido com o máximo rigor, não se admitindo a tentativa de desviar o foco para minimizar uma agressão violenta aos direitos humanos, inclusive com exposição de menor em ambientes de riscos eminentes”, afirma a CJP..
A comissão espera que as autoridades responsáveis pela apuração desse fato “o façam de modo isento, inclusive investigando possíveis pressões sobre a família da jovem, e que as punições sejam rigorosas”.
O esclarecimento da CJP da CNBB é sobre a justificativa do delegado, de que o advogado que defende a jovem é o mesmo que defende o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Chaves, Ivaldo Melo, cassado em julho passado e considerado foragido da Justiça, sob acusação de ter contraído empréstimos que eram descontados arbitrariamente em contas de aposentados. O caso teria sido investigado pelo delegado e a denúncia da jovem seria retaliação do advogado dela, segundo o delegado. (Diário do Pará)
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