quarta-feira, 19 de junho de 2013

PiG enfiou o passe livre no bolso. É o Golpe do Chávez

Os jovens do Movimento Passe Livre são muito simpáticos. São “puros”: não se deixaram contaminar pela “maldição” da política. São inflexíveis como os milenaristas: serão os portadores da Justiça, da Harmonia e da Paz. Sua arma é a Constituição...

Essas manifestações de jovens “puros”, ou não dão em nada ou derrubam o Governo. Na Praça da Paz Celestial não deram em nada. Na Praça Tahir, no Cairo, derrubaram um ditador decrépito.

No Occupy Wall Street não deram em nada. Na Plaza Mayor, em Madrid, elegeram um Generalíssimo Franco.
 
Aqui no Brasil, há uma singularidade: é a concentração da mídia, expressa na exorbitante hegemonia da Globo. Não existe movimento de massa “ingênuo”. Muito menos onde a Globo e o PiG (*) têm o poder excepcional que preservam, impunemente, no Brasil.

O movimento do Passe Livre ultrapassou o alcance das redes sociais. Ele foi abduzido pelo PiG – e sobretudo pela Globo. O Globo convoca as manifestações – dá endereços e tudo. A GloboNews se auto-intitula Governo e diz o que o Governo deve fazer.

A Globo aberta dá uma de João sem braço: enaltece o caráter pacífico, “constitucional” dos manifestantes – mas desequilibra a cobertura. A Dilma no jornal nacional fala 4 segundos e o pau na Dilma dura 40 minutos. Omite que o Haddad abriu espaço para negociar COM os empresários donos de ônibus – enquanto seus repórteres tentam dar a impressão de que ele recuou covardemente.

O que está nas ruas é menos importante do que o que está no espectro eletromagnético – que, como até o Bernardão sabe, pertence ao conjunto do povo brasileiro.
É o Golpe de dois dias que derrubou o Chávez: um Golpe da e na televisão.
 
Não há passeatas ingênuas. Não há 100 mil, 80 mil, 50 mil pessoas ingênuas na rua. Ou isso não dá em nada, pela inconsistência de suas posições políticas. Ou serão a bucha do canhão do Golpe contra a Dilma. A Globo, como se sabe, não ganha eleição. A Globo dá Golpe.
 
E os jovens do Passe Livre, que se banharam no Rio Jordão, são instrumentos ideais para um Golpe – dentro da “Constituição”! (Fonte: Artigo de Paulo Henrique Amorim)

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