Centenas de residências na zona urbana de Santarém continuam alagadas por conta das cheias dos rios Tapajós e Amazonas. Na grande área da Prainha, casas tiveram os quintais inundados pelas águas do Amazonas. Quem mora às margens dos rios afirma que os riscos são constantes. “Em apenas uma semana, o nível do rio Tapajós subiu 10 centímetros”, afirma o comandante da Capitania Fluvial de Santarém, José de Fátima Andrade. Na semana passada, o nível do rio havia estabilizado. Porém, essa semana houve uma mudança repentina.
No inicio da semana, o nível estava em 7,84 metros, na régua da Agência Nacional de Águas, no porto da Companhia Docas do Pará. No mesmo período em 2012, marcou 7,80 metros. Antes da rápida subida, o rio Tapajós subia entre um a dois centímetros, depois baixava. O capitão Andrade esclarece que de acordo com os registros da Marinha de Santarém sobre o nível do rio, até o dia 15 de junho é possível alguma subida. “Depois dessa data, começa a vazar”, afirmou.
A cheia de 2009, a maior já registrada, subiu até 8,32cm no dia 1º de junho e depois baixou. Mas de acordo com os dados, a enchente deste ano foi maior que a cheia de 2011, que atingiu o pico máximo de 7,48m no dia 23 de maio. Segundo o capitão Andrade, principalmente a população ribeirinha está preparada para esse fenômeno. “Depois da cheia de 2009, eles sabem como agir. O que chegar menos daquele valor [ponto máximo da cheia de 2009] é lucro para a população”, avalia.
Acredita-se que o nível do Rio Tapajós pode começar a baixar a partir do dia 15. Embora a água tenha coberto o leito da Avenida Tapajós em frente à Capitania Fluvial de Santarém, e avance em vias do centro comercial, o nível do rio tem se mantido estável. Se não houver grandes alterações, não será necessário decretar estado de emergência, como em 2012. (Diário do Pará)
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