Em conversa com jornalistas, ontem (15), a presidente Dilma Rousseff protagonizou uma daquelas cenas dignas de cinema histórico.
Os jornalistas perguntavam sobre as manifestações que recentemente tomaram a pauta contra a ocupação da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias pelo deputado Marco Feliciano.
A presidente, opinando que as manifestações faziam parte da plena democracia que o Brasil vive, narrou aos jornalistas que, há alguns dias, ao participar de uma cerimônia no Museu de Arte do Rio, ouviu brados do lado de fora e foi à janela observar.
Correndo o olhar ao largo viu que ocorriam manifestações. Ao observar do que se tratava, súbito reconheceu o local onde se aglomeravam os manifestantes: era o pátio da delegacia da Polícia Federal, um dos locais onde ela esteve presa na época da ditadura.
Declarou a presidente: “Eu pensei assim: esse Brasil é ótimo. Eu estive presa ali ao lado. Agora, eu, como presidenta da República, conseguia conviver perfeitamente com o barulho das manifestações e achar que era absolutamente natural.”.
E concluiu: “Isso mostra que ao longo da minha vida, eu assisti a ditadura e a maior democracia na América Latina…”.
A emoção calou a voz da presidente. Uns três 5 segundos de silêncio se fizeram, para logo em seguida se recompor o usual.
Se eu estivesse lá, puxaria palmas, mesmo que eu houvesse terminado de vaia-la.
(Do Site parsifal.org)
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