sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tráfico humano perto de usina motiva ato público

O tráfico de pessoas é apenas um dos problemas decorrentes da construção de Belo Monte. Este não foi o primeiro, nem será o último caso de exploração sexual na região”. A declaração do coordenador regional da Comissão Pastoral da Terra, padre Paulo Joanil da Silva, reflete a revolta de dezenas de manifestantes que se reuniram, ontem pela manhã, em frente à sede local do Consórcio Construtor Belo Monte.
O objetivo do ato público foi repudiar as revelações recentes de tráfico humano, em Altamira e Vitória do Xingu, e a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Um documento foi protocolado no MPF pedindo a federalização das investigações que apuram os responsáveis pela exploração sexual de, pelo menos, 32 pessoas. Dessas, 18 também foram vítimas de tráfico humano.

O documento encaminhado ao MPF, por meio da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, pede a instauração de inquérito civil público para apurar as violações de direitos humanos na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, além da investigação dos crimes de tráfico e trabalho escravo para fins de exploração sexual na região. Para isso, foi solicitado ao Ministério Público que sejam responsabilizados, civil e criminalmente, agentes públicos e empresas que estariam se mantendo omissos à situação.

Segundo a assessoria de impressa da CCBM, os estabelecimentos vistoriados pela polícia não estavam em áreas da Norte Energia, consórcio responsável pela construção de Belo Monte.

Também participaram da manifestação membros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Comissão de Justiça e Paz, Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo, além de diversas outras entidades e organizações. (DOL)

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