A partir do dia 1º de janeiro, entra em vigor o novo mínimo, R$ 678,00, com reajuste de R$ 56,00 em relação ao salário atual (R$ 622,00). Esse valor, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, equivale a R$ 22,60 por dia de trabalho e cerca de R$ 3,76 por hora de trabalho. Mesmo assim, do ponto de vista do poder de compra, o novo mínimo com ganho real de aproximadamente 2,73 %, ainda vai comprar pouca coisa em relação ao atual salário de R$ 622,00.
De acordo com o Dieese, o reajuste do novo mínimo, que subiu 9%, aproximadamente 6,10% por conta do crescimento da Inflação de 2012 estimado de 6,10% entre janeiro e dezembro e mais a variação de 2,70% referente ao crescimento do Produto Interno Bruto 2011, acontece porque, mesmo em velocidade um pouco menor, a inflação continua crescendo e a alimentação básica continua subindo, principalmente no Pará, que tem batido recordes de carestia em custos com a alimentação.
No mês de novembro, a cesta básica dos paraenses custou R$ 270,22 e comprometeu na sua aquisição cerca de 47% do salário. Com o novo mínimo, o impacto deverá diminuir um pouco, mas não o bastante para que o mínimo atenda os preceitos constitucionais, onde o trabalhador pudesse ter o direito a habitação, vestuário, transporte, educação, alimentação, lazer, etc.
Ainda segundo o departamento, no caso dos trabalhadores paraenses que têm um dos maiores custos de vida do país e onde a maioria das categorias organizadas não tem nenhuma outra forma de piso salarial, o crescimento real do salário é muito importante, já que cerca de 40% dos trabalhadores ocupados, aproximadamente 1.417.941 pessoas no Pará, têm o mínimo como a única remuneração. (Diário do Pará)
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