sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Medidas anunciadas pela presidenta visam médio, longo e também curto prazo: é o choque de confiança

A série de medidas de incentivos ao setor de transportes – R$ 133 bi em ferrovias e rodovias por um prazo de 20 anos –, por meio do qual o governo busca atacar um problema que, há décadas, pressiona a economia brasileira e traz um viés inflacionário para os preços, tem pontos positivos que merecem ser destacados. 

Em primeiríssimo lugar, é um sinal claro para o mercado que o governo vai reduzir os custos da economia e investir mais e mais no que interessa: energia, logística, educação, inovação... Esse é o rumo. E os empresários e investidores receberam bem o anúncio das medidas, inclusive com o surgimento dos primeiros sinais concretos, como a queda nas taxas dos contratos futuros de juros com vencimentos mais longos. 

Mas a presidenta Dilma Rousseff tem esperança – e eu concordo plenamente com ela nisso – de que os anúncios dessas medidas animem o empresariado a investir de imediato. Mesmo que os contratos só venham a se concretizar no próximo ano, e portanto seus reflexos diretos na economia só comecem a aparecer em 2014. No momento, interessa – o governo também está com a razão aqui – causar um “choque de confiança”, para que o país volte a crescer imediatamente, e não apenas em 2013 ou 2014. 

"Isso é um processo que mexe com investimento e com expectativa. O que estamos fazendo, então, é o investimento no curto, no médio e no longo prazo. E não é um programa de investimento que esteja desconectado do PAC", disse a presidenta.

O desafio que fica é criar as condições gerenciais e administrativas para que esses contratos sejam bem sucedidos e que o governo tenha o controle sobre os cronogramas das obras, assim como sobre a exploração dos serviços, depois. (Blog do Zé Dirceu)

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