O preço do pescado no Pará tem sofrido reajustes superiores à inflação nos últimos anos, principalmente entre os peixes mais consumidos pelas classes menos favorecidas economicamente. Os valores cobrados pelo pescado não são proporcionais à grande produção alcançada ao longo dos anos pelo Estado. Hoje, o Pará é responsável por quase 50% da produção pesqueira da região Norte, o que representa mais de 15% da produção nacional. São cerca de 180 mil toneladas por ano de peixes, ainda assim, nos 18 anos de Plano Real, alguns reajustes ultrapassaram 800%. A pesquisa é do Dieese-PA.
O maior aumento foi do preço da piramutaba (832,32%); seguido do bagre (809,09%); depois da gurijuba (747,5%); o cação (683%); a pratiqueira (586,32%); o xaréu (509,48%); a sarda (498,18%); o peixe-serra (492,5%) e a tainha (491,82%). Entre os pescados mais caros, a dourada teve o maior reajuste, 649,33% ; depois vêm o filhote (583,69%), e a pescada amarela (421,95%). Para perceber como os aumentos são maiores do que o previsto, a inflação calculada para o mesmo período fica em 317%. (DOL)
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