sábado, 23 de junho de 2012

Impasse: Médicos da Sesma mantêm paralisação

A greve dos 600 médicos que trabalham para a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) vai continuar neste final de semana. Eles iniciaram o movimento por tempo indeterminado, na última quarta (20), para reivindicar melhores condições de trabalho e melhorias salariais. Segundo o diretor de Defesa Profissional do Sindicato dos Médicos, Wilson Machado, está agendada para a próxima terça-feira (26), às 11h, uma reunião com a Sesma na Secretaria de Administração Municipal, em Nazaré. 'Pode ser que a reunião seja antecipada, e o convite da Secretaria diz que é para nos apresentar o Projeto de Cargos e Carreiras, sem antecipar informações a respeito das nossas outras reivindicações', afirma.

A definição pela greve não ocorreu da noite para o dia. A decisão foi anunciada no último dia 13, quando, em assembleia da categoria, os médicos já tinha resolvido paralisar as atividades. Em nova reunião, seis dias depois, eles mantiveram a decisão. Apenas 30% dos profissionais trabalham para manter os serviços de urgência e emergência na capital paraense. As principais reivindicações dos médicos são a reestruturação das unidades e postos de saúde, incluindo reformas nos prédios e aquisição de mobiliário de aparelhos; e aumento do valor pago aos profissionais paraenses.

'Queremos algo mais efetivo nas nossas propostas, porque a greve não reivindica somente a questão salarial, mas, principalmente, a infraestrutura nos hospitais que é ruim para o médico e péssima para a população, colocando em risco sua vida. A saúde em nossa cidade já teve intervenção do Ministério Público do Estado e Ministério Público Federal e foi discutida na Câmara Municipal, mas a gente não vê resultado na prática e os serviços continuam com deficiências. Esperamos que o usuário seja nosso aliado porque nossas reivindicações são para melhorar o atendimento da saúde pública em um todo', diz o dirigente do Sindmepa.

Em nota, a Sesma informa que apenas três das 29 Unidades Municipais de Saúde tiveram metade do seu quadro médico paralisado, 'o que não trouxe grandes prejuízos ao atendimento dos usuários'. São elas: Sacramenta, Maguari e Vila da Barca. Falou ainda que o atendimento médico está normal em todas as outras 42 Casas de Saúde e nos três hospitais de urgência e emergência: Mosqueiro, Humberto Maradei e Mário Pinotti. (Portal ORM)

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