A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (19), em Los Cabos, no México, após participar da VII Cúpula do G20, que foi uma vitória a conclusão do rascunho final do documento que será submetido aos chefes de Estado e de governo a partir desta quarta-feira (20) na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. “Eu acho que temos que comemorar, sim, como uma vitória do Brasil ter conseguido aprovar um documento que seja um documento oficial entre os diferentes países, contemplando posições distintas. Não tem só europeus, não tem só asiáticos, não tem só países do G77. Todos, cada um é voto e cada um tem a mesma consideração que o outro ou então não tem reunião possível entre países”.
Segundo Dilma, conferências anteriores que trataram das questões ambiental e climática não alcançaram consenso, como a 15ª Conferência das Partes, a COP 15, realizada em 2009, em Copenhague, na Dinamarca; a COP 16, realizada em Cancún, no México, em 2010; e a COP 17, sediada em Durban, na África do Sul, em 2011.
“Eu estive e acompanhei Copenhague, depois Cancún e Durban. Um acordo entre 191 países e delegações é um acordo complexo (…) É sempre bom olhar que há a necessidade de um balanço entre os países. A questão do documento não é uma questão que diga respeito a um só país. É impossível ter um documento que represente as partes se você não considerá-las. As partes são quem? São os países. Então nós estamos fazendo um documento que é o documento possível entre diferentes países e diferentes visões do processo relativo à questão ambiental”, disse.
A respeito de possíveis críticas e decepções de atividades ambientais e de organizações da sociedade civil, Dilma afirmou que a construção de um acordo tem que levar em conta as opiniões de todos os países.
“Se a gente tivesse decepção quanto a isso, não poderíamos sediar uma conferência internacional, essa é uma visão de quem acha que a relação internacional é uma relação em que não se respeite chefes de Estado. Não há essa hipótese. São todos soberanos. Ao recebê-los, e ao receber uma conferência da ONU nós temos que respeitar a soberania de cada país e entender e procurar construir o acordo. É tão difícil que em Copenhague não se conseguiu”. (Blog do Planalto)
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