segunda-feira, 14 de maio de 2012

Merkel amarga nova derrota. Agora, em casa

A chanceler Ângela Merkel sofreu uma derrota estrondosa nas eleições regionais alemãs deste domingo. Seu partido, a União Democrata Cristã (CDU), obteve o pior resultado desde a II Guerra Mundial em um dos Estados mais importantes da Alemanha: a Renânia do Norte-Vestfália, com 18 milhões de habitantes, 22% da população alemã. Foi a 11ª derrota sucessiva da sra. Merkel em eleições regionais.

Nós, modestamente, já havíamos alertado para isso ante o "faz de conta que não vi" de grande parte da nossa mídia. Norbert Rotggen, candidato de Merkel e ministro do seu governo, praticamente transformou a eleição regional em um plebiscito em prol das políticas de austeridade defendidas pela chanceler para a Europa.

O resultado não poderia ser pior: obteve apenas 26% de votos e perdeu para o SPD (Partido Social Democrata) de Hannelore Kraft. Com 39% das urnas, Kraft se mantém no poder e, agora, poderá se coligar com os Verdes (12%). É importante frisar que toda a política de Merkel foi derrotada nas urnas ontem.

Manifestações voltam na Espanha

Uma catástrofe política e de imagem para a já quase ex-chanceler germânica que vai enfrentar nas urnas a própria Hannelore Kraft, atual primeira-ministra do Estado da Renânia do Norte-Vestfália. E o crème de la crème desta semana: a derrota de Merkel se dá às vésperas de seu primeiro encontro com François Hollande, recém eleito presidente da França que venceu um dos maiores aliados de Merkel, monsieur Nicolas Sarkozy.

Outra péssima notícia para os conservadores europeus é a volta das manifestações de rua na Espanha ante o agravamento da crise bancária no país. Eles protestam contra a reforma trabalhista e a evidente incapacidade do governo de lidar com a crise dos bancos. Lamentavelmente, a resposta desta direita espanhola, neofacista travestida de democrata, foi a repressão pura e simples.

Um precedente que pode levar a uma crise política já que a popularidade do governo do Partido Popular (PP) espanhol cai a cada semana. Escrevam o que digo: nenhum governo conservador ficará de pé na Europa nos próximos anos. (Blog do Zé Dirceu)

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