sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

UM OUTRO MUNDO EM CONSTRUÇÃO

Os mais conservadores ficaram de orelhas em pé com o discurso da presidenta, Dilma Rousseff, no Fórum Social Temático, em Porto Alegre. Acostumados à imagem de “técnica durona” que a grande mídia alimenta para defini-la, foram pegos de surpresa por uma análise política afiada sobre as causas e consequências da crise econômica mundial.

Dilma não poupou críticas ao pensamento neoliberal, apontou a vitória do ex-presidente Lula na mudança de rumo da economia e reafirmou que só com um Estado forte e ativo na defesa dos interesses nacionais é possível um país não naufragar abraçado ao mercado financeiro.

Nada disso é novidade, pois esse sempre foi o ponto de vista de nossa presidenta, do Partido dos Trabalhadores e das forças progressistas que participam o Fórum Social Mundial.

Mas a mensagem se torna cada vez mais urgente ao passo em que os países desenvolvidos se provam incapazes de domar o monstro que criaram.

A distinção mais importante colocada por Dilma talvez seja a de que, hoje, a economia brasileira se desenvolve sobre um lastro firme de inclusão social e fortalecimento do setor produtivo, ao contrário do que ocorreu quando nosso crescimento apenas surfava em conjunturas internacionais, sem consistência.

Foi assim ao longo do “milagre econômico” da Ditadura Militar, e também em curtos períodos nos anos 1990, entre uma crise e outra.

Se hoje até mesmo a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, defende que o Estado tem de ser o grande agente do desenvolvimento com inclusão social, é graças à experiência bem-sucedida dos países emergentes, em especial o Brasil.

E, também, aos movimentos que integram o Fórum Social Mundial desde sua primeira edição, que sempre defenderam uma alternativa ao modelo de capitalismo inconsequente ditado pelas potências. (Zé Dirceu - no Blog do Noblat)

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