Operários que trabalham na construção de um condomínio, localizado na rodovia Augusto Montenegro, próximo à Avenida Independência, no bairro do Bengui, realizaram uma manifestação pela morte de dois funcionários da obra, que foram soterrados na última sexta-feira (17). A maioria dos trabalhadores cruzou os braços, para exigir maior segurança e melhores condições de trabalho. A terceira vítima do acidente permanece internada no Hospital Metropolitano e respira com a ajuda de aparelhos.
Os operários começaram a se reunir às 5h, em frente ao canteiro de obras do condomínio, que está sendo construído pela Status Construtora. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado do Pará coordenaram a manifestação que questiona as atuais condições de trabalho no local. Os sindicalistas tentavam uma reunião com representantes da empresa responsável pela obra. Eles ameaçaram fechar o trânsito na Augusto Montenegro, caso não fossem recebidos. A pressão aumentou com a chegada de familiares de Abraão Teixeira Figueiredo, de 18 anos, um dos mortos no acidente ocorrido durante as escavações para a colocação de tubulação de esgoto.
Em cartazes, os familiares de Abraão se manifestaram com dizeres: “Muita tristeza e saudades” e “Queremos respostas, que os culpados não fiquem impunes”. Nilma da Silva, tia de Abraão, disse que a família estava ali para cobrar justiça pela morte do rapaz. Segundo Nilma, até o momento a família não foi procurada pela empresa e arcou com todas as despesas do sepultamento.
Ela confirmou ainda que a vítima estava com a carteira de trabalho assinada pela empresa que o contratou. Por volta das 10h, com a intermediação do tenente coronel PM Thales Costa Belo, que comandava os policiais que se encontravam no local, representantes dos operários e os familiares de Abraão Figueiredo foram recebidos por representantes da Status Construtora. Após o início da reunião, a maioria dos operários deixou a avenida. (DOL)
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