Chamo a atenção para o artigo "O reajuste da gasolina", de Amir Khair, ontem, no Estado. O mestre em finanças públicas pela Fundação Getúlio Vargas ressalta a importante decisão que o governo tomou dia 20 para estimular o crescimento econômico, desta vez por meio da redução da taxa de juro ao tomador (pessoas e empresas). Nessa batalha, o governo contará com os bancos oficiais - Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal - para forçar uma maior concorrência bancária. Para Khair não há dúvidas. “É a medida mais eficaz para alavancar o crescimento econômico, e as instituições oficiais constituem seu principal caminho indutor”, resume.
Ele afirma o que tanto temos dito neste blog: “não é a Selic que inibe o consumo, mas a taxa de juro ao consumidor, que não depende dela”. Para o professor, essa taxa constitui a maior anomalia da economia na comparação internacional. “Desde 2000 em nenhum mês (!) o Brasil deixou de figurar no topo do ranking da maior taxa de juro ao consumidor num conjunto amplo de países”. Conclusão: para Khair, essa anomalia é bem maior que a da Selic na comparação internacional.
O especialista em finanças públicas ainda afirma: “Se o governo atingir seu objetivo, a maior parte do crescimento econômico será viabilizada”. Isto seria possível pois a redução da taxa de juro ao consumidor amplia substancialmente o poder aquisitivo dos que usam o crediário. Ele também cita outra vantagem da redução do juro ao consumidor: a consequente redução da inadimplência. (Blog do Zé Dirceu)
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