Continuamos com o mesmo modelo juros altos, internamente, e indo ao mercado externo em busca de rentabilidade e segurança... Assim, obviamente, o Brasil virou a bola da vez. Daí a explicação para a aplicação de US$ 2 bilhões pela Coca-Cola no mercado brasileiro, em parte para ganhar com os nossos juros.
Daí, também, a operação do Bradesco que concluiu captação de US$ 1 bilhão no exterior, com a emissão de títulos no mercado externo com vencimento em dez anos. Os recursos serão utilizados para reforçar o capital do banco. A taxa: 5,75% ao ano. E para emprestar aqui, no mercado interno, por quanto? No mínimo, três vezes mais ao ano e, no máximo, a 8% ou 10% ao mês.
A propósito do spread - diferença entre o custo que os bancos têm na captação de recursos no mercado e a taxa cobrada dos clientes – ressalta o documento “Economia Brasileira em Perspectiva”, do Ministério da Fazenda, divulgado este mês: “O spread (interno) incentiva a realização de captações externas por empresas brasileiras que possuem acesso ao mercado internacional".
Não é à toa...
Aliás, essa busca de recursos no exterior não se dá à toa. Estamos falando, segundo dados do Banco Central, em um spread bancário para a pessoa jurídica que fechou o ano passado em 26,9 pontos percentuais, contra 23,5 pontos no fim de 2010. Um disparate, quando comparado ao cobrado em outros países. Até quando vamos conviver com isto? (Blog do Zé Dirceu)
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