quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pacote de cortes à vista na Itália

Continua o impasse na Itália e na União Europeia. As principais associações bancárias e empresariais da Itália pediram a criação imediata de um governo de emergência, capaz de lidar com a fase "dramática" por que passa o país.

O primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, diz que sai, mas não sai. Já, o parlamento se apressa em aprovar um plano de estabilidade para a Itália... Na verdade, o plano é um pacote de austeridade com cortes nos gastos, em uma nova tentativa de reduzir o déficit público e a dívida pública italiana, hoje na casa de 120% do PIB, ou 1,9 trilhão de euros.

Até o reino mineral sabe que a maioria dos países da Europa da zona do euro não cumpre os dois requisitos básicos exigidos pela União: déficit público abaixo de 3% e dívida pública abaixo de 60%. Mas a verdadeira causa da crise vai sendo deixada de lado: não se fala na reforma do sistema financeiro e muito menos no sistema comercial mundial.

Enquanto isso, os chamados mercados e as agências de risco voltam a dominar a cena e a ditar as políticas monetárias e fiscais em todo mundo. Enquanto isso, os governos estão inertes ou simplesmente desmoralizados e sem apoio popular, desde os Estados Unidos até a Itália. (Blog do Zé Dirceu)

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