segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Jornalista Lúcio Flávio Pinto lança livro na UFPA

O jornalista Lúcio Flávio Pinto lança seu mais novo livro, intitulado Tucuruí: A barragem da ditadura, nesta terça-feira, 29, às 16h, no Centro de Capacitação (CAPACIT) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento, aberto a toda a comunidade acadêmica, será promovido em conjunto pelas coordenações do Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA), do Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural da UFPA, e do Programa de Pós Graduação em Geografia (PPGEO), do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFPA.

Para o coordenador do Programa de Pós Graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA), professor Gutemberg Guerra, o tema tratado no livro é um assunto recorrente no ambiente acadêmico. “O tema do livro do Lúcio sempre é tratado em nossos encontros em eventos, seminários, incluindo o nosso 5o Encontro da Rede de Estudos Rurais, que ocorrerá ano que vem. Termos o jornalista lançando esse livro aqui, na nossa Universidade, será uma honra, pois é a oportunidade de adquirirmos mais experiência, informações e reflexões sobre o assunto”, afirmou o coordenador. Lúcio Flávio Pinto é uma referência na área do jornalismo investigativo e na cobertura de eventos relacionados à Amazônia. 

O livro – Tucuruí: A barragem da ditadura faz uma transcrição dos momentos mais significativos de um debate, ocorrido precisamente em 1984 e com duração de dois dias, a respeito da implantação da Hidrelétrica de Tucuruí e suas consequências sociais e ambientais, promovido pela CPI do sistema hídrico federal. “Era uma época em que não se previa a realização de audiência pública para o licenciamento ambiental de uma obra. Esse debate ocorreu pouco tempo antes do enchimento total do lago da Hidroelétrica. Envolveu a sociedade civil, a Eletronorte e o consórcio projetista a Engevix-Themag. O governo tentou mostrar o porquê da realização da obra e seus benefícios e, depois disso, o debate se deu. O trechos importantes estavam prestes a se perder pela fragilidade da oralidade, por isso resolvi escrever este livro com esses trechos”, explica o autor. 

Segundo Lúcio Flávio, é importante que o lançamento do livro aconteça na Universidade. “Existe um preconceito na Academia de não usar um trabalho jornalístico como fonte de pesquisa consistente. Muitos alegam que não preenchem as exigências metodológicas exigidas na Universidade. Com o meu livro, tento mostrar que se pode, sim, pois, no caso do meu livro, são dados precisos de pesquisa que podem ser usados como fonte de informação científica.” Aponta o jornalista. Para o Lúcio, o livro pode também servir de referência a respeito das discussões atuais sobre a construção da Hidrelétrica de Belo Monte e outras que estão em projeto e serão implementados na Amazônia. (DOL - Diário Online)

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