Enquanto a Europa agoniza sem liderança e sem saída para uma política de austeridade que leva países e bancos à insolvência , os Estados Unidos já vivem uma crise de governabilidade com o fracasso das negociações entre republicanos e democratas no super comitê que buscava um acordo que combinasse corte de gastos e aumento de impostos.
Não foi surpresa. Esses cortes de gastos seriam feitos em programas que os democratas consideram intocáveis e o aumento de impostos seria sobre os ricos, coisa que os republicanos tampouco aceitariam.
A saída previsível é a não renovação, em dezembro, das isenções fiscais que George Bush deu aos mais ricos. Elas, aliás, custam mais que a guerra do Iraque. Isso provocará a ira dos republicanos e uma radicalização sem precedentes na política norte- americana.
Enquanto isso, do Pentágono vem a público alertar o que representam os cortes nos gastos militares. É uma sinalização clara do que está em jogo: o complexo industrial-militar e a manutenção - pela força - da hegemonia norte americana no mundo.
Com o risco de rebaixamento da classificação de risco dos Estados Unidos na ordem do dia - e as bolsas em pânico pela inércia europeia - não podia vir em pior hora para os mercados e a economia mundial o fracasso da tentativa de acordo entre republicanos e democratas norte-americanos. (Blog do Zé Dirceu)
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