Autênticas cenas de bangue-bangue foram presenciadas pelos frequentadores de um clube localizado na rodovia Transamazônica (BR-230), a três quilômetros do centro de Itaituba, Oeste do Estado.
Por volta das 21h40 do último domingo, a festa transcorria em clima de normalidade, quando, de assalto, um homem adentrou o ambiente com duas pistolas, uma 380, outra 9mm (de uso exclusivo das Forças Armadas), disparando para todos os lados. O segurança Francisco Clementino da Silva, 35 anos, foi atingido no tórax e outro segurança, identificado como Luis Carlos de Jesus Oliveira, 36 anos, também foi atingido na coxa esquerda.
A vítima fatal dos tiros foi Firmino Neto Lira, 36 anos, conhecido por “Mozer”, que estava no banheiro e ouviu os disparos. Ao receber o primeiro impacto, Firmino ainda se agarrou com o atirador, que conseguiu se desvencilhar e continuou a atirar. “O alvo era o Firmino mesmo. O cara estava louco. Ele descarregou a arma e depois recarregou e continuou a atirar. Foram muitos tiros”, disse um amigo da vítima, que preferiu não ser identificado. Firmino foi alvejado com cinco tiros na cabeça e três pelo corpo. Ele ainda recebeu golpes de faca na parte anterior da cabeça.
Depois de assassinar o homem, o atirador saiu de costas, apontando as armas para os presentes, que procuravam se proteger da forma que podiam. “Ele subiu na moto e ‘se mandou’”, complementou a testemunha. A guarnição da Polícia Militar comandada pelo sargento Nogueira, chegou ao local minutos depois e fez o levantamento da cena do crime. Os dois feridos foram encaminhados para atendimento no setor de urgência e emergência do Pronto Socorro Municipal.
Francisco Clementino, um dos seguranças, que foi atingido no tórax, foi submetido a intervenção cirúrgica e não corre risco de morrer. O também segurança Luis Carlos foi medicado e liberado em seguida.
Segundo levantamento da Polícia Civil, sob o comando do investigador Benedito Fortunado, o crime pode ter sido motivado por questões de terra. “Familiares disseram que o Firmino era proprietário de umas terras na zona rural e algumas pessoas, ainda não identificadas, queriam tomar essas terras. Ele, inclusive, havia se recusado a vender as terras e vinha sendo ameaçado”, disse o investigador. “Mas ainda estamos investigando para ter maiores detalhes. Mas tudo indica que foi crime por encomenda”, concluiu. (DOL)
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